Feminismo e dieta vegetariana:
breve exposição das principais posturas sobre o vínculo entre a subordinação das mulheres e o consumo de carne
Palavras-chave:
feminismo, dieta vegetariana, dieta carnívora, ecofeminismo vegetariano, vegetarianismo ontológico, vegetarianismo contextualResumo
Atualmente, a partir de certas teorias feministas, sustenta-se que a relação existente entre os diversos tipos de opressão (sexismo, racismo, especismo, a destruição do meio-ambiente, etc.) supõe que a defesa de uma dessas causas não tem sentido sem uma luta simultânea por todas as outras. Neste artigo serão brevemente explorados os posicionamentos mais proeminentes acerca do vínculo que se tem estabelecido através de certas teorias – o ecofeminismo vegetariano – entre o consumo da carne e o domínio dos homens sobre as mulheres. De acordo com o ecofeminismo vegetariano, compreende-se que uma dieta livre de carne e, inclusive, de qualquer produto de origem animal constitui uma obrigação moral a toda pessoa que se considera feminista. Esta premissa não é, porém, compartilhada entre todas as teóricas feministas, por este motivo tem sido objeto de fortes críticas. Mesmo entre aquelas feministas que observam claramente a relação entre o sexismo e a dieta onívora, não existe um pleno acordo sobre em que medida seria ou não legítimo incluir, em determinadas circunstâncias, a carne em nossa dieta.
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