Atitude e Animalidade em Heidegger, Wittgenstein e Massumi
Palavras-chave:
atitude, brincadeira, comportamento, instintoResumo
A noção de atitude, isto é, de suspensão do trato pulsional com o ente, de abstração e de abertura de possibilidades, revela-se uma chave de discordância entre Heidegger e Wittgenstein no tocante à animalidade. Para Heidegger, apenas o Dasein humano tem uma atitude com relação ao ente em geral, proveniente de sua pertença à ‘linguagem do ser’. O animal está relegado ao mero comportamento pulsional. Para Wittgenstein, não há porque diferenciá-los, já que a linguagem humana está ‘encarnada’ no comportamento. Contudo, para ele, mesmo se o leão falasse, ‘não poderíamos compreendê-lo’. Este artigo busca problematizar ambas as posições a partir da obra O que os animais nos ensinam sobre política, de Brian Massumi, na qual o conceito de ‘brincadeira animal’ permite expor o da ‘atitude’ de abstração inerente à animalidade.
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