Confluências terranas: contrariar a formação humana
Palavras-chave:
Cosmologias, Descolonização, Modernidade, PessoaResumo
Este ensaio é uma tentativa de exercício de descolonização dos modos de existência humana e rompimento com o colonialismo enquanto protetor do alicerce greco-latino. Para isso, a ruptura com a questão do sujeito e da subjetividade dará espaço para problematizar a formação humana e naquilo que será definido como humano. Nesse caminho, a minha proposta é entender a confluência terrana acompanhando os argumentos de Ailton Krenak e Antonio Bispo dos Santos acerca do ideal humanista como uma perpetuação do colonialismo por outro meios. Com isso, a proposta é pensar a inserção de diferentes cosmologias no âmbito filosófico e educacional para questionar as noções exclusivas de ser humano como aquele distante do mundo, por isso recorri às dinâmicas relacionais de João Paulo Lima Barreto sobre os Wai-mahsã e Busenki Fukiau sobre muntu (pessoa) na linha Kalunga.
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