Especismo estrutural:

os animais não humanos como um grupo oprimido

Autores

  • Fabio A. G. Oliveira

Palavras-chave:

especismo estrutural, opressão, colonialismo

Resumo

A proposta deste artigo é (1) tentar estabelecer uma definição de especismo; e (2) situar o especismo como um dos ismos de dominação que sustentam as desigualdades sociais estruturais. Para isso, inicialmente vamos percorrer e acompanhar a definição de especismo proposta pelo pensador Oscar Horta no artigo intitulado “O que é especismo?”; a seguir, apresentaremos o conceito de opressão defendido pela filósofa Iris Marion Young no texto “Cinco faces da opressão”. Com base nos dois autores, pretendo defender, junto com a pensadora Lori Gruen, que os animais não humanos formam o que podemos chamar de um grupo social oprimido. Posteriormente, apresentarei a contribuição do autor Billy Ray Belcourt a respeito da íntima e necessária associação entre especismo e colonialismo. E, para concluir, apontarei a necessidade de reconhecer o aspecto estrutural do especismo, oferecendo elementos que se traduzem no que chamo de “especismo estrutural’’.

Biografia do Autor

  • Fabio A. G. Oliveira

    Doutor em Filosofia. Professor de Filosofia da Educação da Universidade Federal Fluminense (Brasil).
    Membro Permanente do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS-UFF) e do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEn-UFF).

Referências

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Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

ARTÍCULOS

Como Citar

Especismo estrutural:: os animais não humanos como um grupo oprimido. (2021). Revista Latinoamericana De Estudios Críticos Animales, 8(2). https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/48