Depois da verdade, do antagonismo
Palavras-chave:
não-humanos; antagonismo; verdade; Nietzsche.Resumo
Não soa controverso dizer que a humanidade se permite dispensar tratamento tão hediondo a animais não-humanos por compreender-se – ou ao menos agir como se se compreendesse – separada deles por uma linha traçada aquém da clemência, para além da qual habitariam apenas os indignos de compadecimento. Tampouco soa controverso afirmar que ela corriqueiramente tenta legitimar tais linhas separatórias, tais “nós x eles” com discursos que se arrogam “objetivos”, repletos de “verdade”. No esforço que se segue, analisamos a crítica nietzscheana da verdade, de como este construto sempre foi ardilosamente invocado na busca por domínio, poder, e comentamos exemplos de como, precisamente por isso, utilizou-se dela para sancionar arbitrariamente a brutalização de determinados grupos – tanto humanos quanto não-humanos.
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