A mulher negra e o animal: as focinheiras em “Bastidores” de Rosana Paulino

Autores

  • Juana Eslava-Bejarano

Palavras-chave:

Rosana Paulino, “Bastidores”, domesticação, criminalização

Resumo

Este artigo analisa a obra “Bastidores” (1997) da artista plástica brasileira Rosana Paulino a partir de uma perspectiva feminista que expõe a opressão animal nas raízes do sexismo e da supremacia branca. Desvelar esta opressão explicará porque Paulino decide usar metáforas animais para falar sobre a opressão das mulheres negras no Brasil. Para tanto, analisa-se a gravura “Castigo de Escravos” (1893), de Jacques Étienne Arago, na qual se baseia a obra de Paulino. Com base nessa análise, propõe-se que em “Bastidores” se representam duas formas de opressão: a domesticação e a criminalização. As pessoas negras, especialmente as mulheres, foram criminalizadas e destinadas ao espaço doméstico onde foram violentadas desde os tempos coloniais devido a uma longa história de animalização e vitimização.

Biografia do Autor

  • Juana Eslava-Bejarano

    Literata e Historiadora del Arte. Facultad de Artes y Humanidades de la Universidad los Andes (Colombia). Ohio University.

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Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

ARTIGOS DOSSIÊ

Como Citar

A mulher negra e o animal: as focinheiras em “Bastidores” de Rosana Paulino. (2021). Revista Latinoamericana De Estudios Críticos Animales, 8(2). https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/38