Os problemas do uso da metáfora animal nos filmes de animação
Palavras-chave:
animais antropomorfizados, filmes de animação, metáfora, feticheResumo
Crianças, no mundo industrializado, estão cercadas pelo imaginário animal: brinquedos, cartuns, figuras, decorações de toda sorte. Segundo Berger (2009), até o século XIX a representação de animais era parte regular da decoração da infância da classe média; mas, no século XX, com o advento da Disney, eles se tornaram parte de toda a infância, aparecendo sempre de forma antropomorfizada e fetichizada. E o problema surge quando os pesquisadores analisam essas imagens reduzindo-as a metáforas, pois esquecem-se de todo o trabalho que está por trás do metaforizar o animal. Deixando de refletir sobre o que é o símbolo animal, apenas generalizam-o. Sendo assim, este artigo visa compreender esse fenômeno da representação de animais não-humanos nos filmes de animação infantis com suas devidas ressonâncias éticas, socioculturais e político-filosóficas. Exploramos aqui as implicações éticas, políticas e culturais que correspondam às formas pelas quais as relações entre humanos e outras espécies de animais são inventadas, desconstruídas e reinventadas.
Referências
Baker, Steve. Picturing the beast: animals, identity and representation. University of Illinois, 2001.
Barthes, Roland. “O mito, hoje. Leitura e decifração do mito”, en: Mitologias. Rio de Janeiro, DIFEL, 2009.
Baudrillard, Jean. Simulacros e Simulação, Lisboa, Relógio d´Água, 1991.
Baudrillard, Jean. Senhas, Rio de Janeiro, DIFEL, 2001.
Berger, John. Why look at animals? London, Penguin Books, 2009.
Borges, Jorge Luis. Obras completas (1952-1972). São Paulo: Globo, 1999.
Burt, Jonathan. Animals in film. London, Reaktion books, 2002.
Candea, Matei. I fell in love with Carlos the meerkat, en: American Ethnologist _ Volume 37, Number 2 , May, 2010.
Guimarães, Leandro Belinaso; Silva, Bruna Luíza da. Planejamentos de ensino: entremeando biologia e cultura. En: Ensino em Re-Vista. Uberlândia: editora da EDUFU, v. 16, n. 1, JAN./DEZ, 2009.
Hall, Stuart. Representation. Cultural representations and signifying practices. Second edition, London, Sage/Open University, 2013.
Hirschman, Elisabeth; Sanders, Clinton. Motion Pictures as a metaphoric consumption, en: Semiotica 115-1/2 (53-79pp.), 1997.
Joy, Melanie. Why we love dogs, eat pigs and wear cows: an introduction to carnism. Conari press, 2010.
Kellner, Douglas. A cultura da mídia. São Paulo, EDUSC, 2001.
Kindel, Eunice Aita Isaia. A natureza do desenho animado ensinando sobre o homem, mulher, raça, etnia e outras coisas mais... Tese de doutorado, Faculdade de Educação, UFRGS, 2003.
Malamud, Randy. An introduction to animals and visual culture. London, Palgrave Macmillan (Edição Kindle), 2012.
Malamud, Randy. Animais no cinema: a ética do olhar humano. En: MACIEL, Maria Esther (org.) Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica, Editora UFSC, 2011.
Marx, Karl. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, livros I, 2008.
Oliveira, Aurea Maria; Mouro, Dalila Lamontagna. A criança como alvo das armadilhas da midia: uma análise do enredo dos filmes infantis. Edição XVI COLE, 2007, Campinas-SP, 2007. Disponível en: 03 de setembro de 2013 as 16h45.
Serpell, James. In the company of animals. A study of human-animal relationships. New York, Canto edition published by Cambridge University Press, 1996.
Shukin, Nicole. Animal capital: Rendering life in biopolitical times. Minneapolis, University of Minnesota Press, 2009.
Wells, Paul. The animated bestiary: animals, cartoons, and culture. New Brunswick, New Jersey, London, Rutgers University Press, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
La Revista Latinoamericana de Estudios Críticos Animales con ISSN 2346-920X se adhiere a las diferentes iniciativas que promueven el acceso libre al conocimiento, por lo que todos los contenidos de la misma son de acceso libre y gratuito y publicados bajo la licencia Creative Commons, que permite su difusión pero impide la alteración de la obra e incluye siempre mención al autor/a y fuente.
Es decir, una licencia de tipo Atribución-NoComercial-SinObraDerivada.
Por ello, los correos electrónicos de los autores se encontrarán a disposición de los lectores, en caso de que deseen contactarlos personalmente.