Vida criaturalizada e a Comunidade do Nada

A política de indistinção entre Homens e Animais na filosofia de Giorgio Agamben.

Autores

  • Paula Fleisner

Palavras-chave:

animalidade, viventes, indistinção

Resumo

O presente artigo analisa certas formulações de Giorgio Agamben que avançam sobre seu conhecido diagnóstico negativo sobre o funcionamento do poder no Ocidente que produziu a separação e sua consequente hierarquização entre homem e animal, e permitem dimensionar o alcance daquela enigmática sentença com a qual encerrava a conferência “La potenza del pensiero” (1987): “é toda a compreensão da vida que deve ser colocada em causa se é verdade que a vida deva ser pensada como um poder que constantemente excede as suas formas e suas realizações” (2005,286). Certamente, aquela conferência, dá conta de um interesse pelo “vivente” que não se esgota na análise da fabricação de “vida desnuda” e que permite pensar num modo novo a questão da animalidade. A vida, assim, há de ser pensada como potência que não se esgota na passagem ao ato de alguma das formas que adota: movimento contínuo de figuras sempre renováveis, sempre novas, sempre difusamente recortadas umas sobre/com as outras. É a partir desta hipótese que se rastreia em alguns textos marginais aquilo que, frente à maquinaria biopolítica de separação do vivente, poderíamos chamar: a proposta de uma política de indistinção entre homens e animais.

Biografia do Autor

  • Paula Fleisner

    Docente de Estética en el Departamento de Filosofía de la Universidad de Buenos Aires (Argentina), Investigadora Adjunta del CONICET (Comisión Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas)

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Publicado

2014-10-01

Edição

Seção

COMUNIDAD DE VIVIENTES

Como Citar

Vida criaturalizada e a Comunidade do Nada: A política de indistinção entre Homens e Animais na filosofia de Giorgio Agamben. (2014). Revista Latinoamericana De Estudios Críticos Animales, 1(2). https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/14