Sobre a sexta extinção (I)
Aparência e realidade na ecologia da sexta extinção
Palavras-chave:
extinção, dívida de extinção, taxa de extinção de fundo, biomas antropogênicos, co-extinçãoResumo
Neste primeiro trabalho sobre a sexta extinção (I), tenta-se explicar alguns conceitos básicos da ecologia que fazem aflorar certas suposições errôneas, bastante difundidas, que insensibilizam a opinião pública diante do verdadeiro alcance da crise de extinção atual.. Logo após uma breve introdução (1), explica-se (2) como o conceito de taxa de extinção de fundo permite diferenciar entre extinções massivas e extinções agonísticas – as que obedecem aos mecanismos exclusivamente darwinianos como a seleção natural – desmentindo deste modo a suposta gradação evolutiva que normaliza na opinião pública a simplificação das extinções como meros filtros para depurar a biosfera de formas de vida inadaptadas. Em seguida (3), aponta-se para uma explicação sistêmica da relação entre as extinções “em cascata” de espécies e os processos climáticos, ecológicos e sociais que caracterizam o Antropoceno, para (4) incluir na explicação à sexta extinção massiva fatores antrópicos como a “troca” biológica e a homogeneização da biota. Os efeitos destes fatores permitiram categorizar as espécies existentes segundo sua adaptação aos antromas ou biomas humanizados: espécies acomodadas, relíquias e fantasmas. Então (5) introduz-se o conceito diacrônico de dívida de extinção como antídoto contra o otimismo sobre a saúde aparente das espécies que ainda existem. Finalmente (6) são apresentados argumentos contrários à possibilidade de restituição biotecnológica de espécies extintas e contra as esperanças de governabilidade das extinções mediante a otimização dos processos antrópicos como a tecnologia e a economia.
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