O pessoal é político:

feminismo e antiespecismo

Autores

  • Catia Faria Universitat Pompeu Fabra

Palavras-chave:

feminismo, antiespecismo, discriminação

Resumo

Este artigo defende que assumir o conhecido slogan feminista “o pessoal é politico” consistentente e sem um preconceito de especie, amplia o âmbito das nossas obrigações morais, incluindo individuos de outras espécies. Procede examinando as semelhanças estruturais entre o sexismo e o especismo, em particular, no que diz respeito à discriminação, à desigualdade e à opressão, assim como o papel de todas elas na construção da masculinidad cisheteropatriarcal. Conclui-se que ambas formas de discriminação devem ser rejeitadas. Para além disso, o artigo avalia criticamente a proposta ecofeminista a estas questões e conclui que não é compatível com os objectivos que devem ser perseguidos desde um ponto de vista feminista antiespecista. Finalmente, o artigo explora as implicações práticas que se seguem de assumir “o pessoal é politico” para além da especie humana, prestando especial atenção a questões clássicas do feminismo como as relações erótico-afectivas e a decisião reprodutiva.

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Publicado

2016-12-01

Edição

Seção

DOSSIER: FEMINISMOS, GÉNERO(S) Y ANTIESPECISMO

Como Citar

O pessoal é político: : feminismo e antiespecismo. (2016). Revista Latinoamericana De Estudios Críticos Animales, 3(2). https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/109