A Modernidade Colonial e o constructo especista-racista
Palavras-chave:
Modernidade Colonial, Especismo, AlienaçãoResumo
O presente trabalho pretende mostrar que o especismo, objeto de análise de teorias eticistas, implica também uma dimensão alienante para o ser humano, bem como constitui parte da base de sustentação de valores a partir dos quais se fornece o sentido a uma lógica racista colonial. Para tanto recorro a elementos analíticos das filósofas María Lugones e Hannah Arendt e dos filósofos Ludwig Feuerbach e Karl Marx. Procuro esboçar aspectos de uma antropologia filosófica que identifica o funcionamento de um constructo especista colonial na base do racismo colonial, bem como uma convocação ambígua da natureza e da identidade humana. Ainda que as/os referidas/os filósofas/os não se debrucem sobre o especismo ou sobre a ética animalista, fornecem parte dos subsídios analíticos para a análise e a hipótese que apresento.
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