O apelo a não violência em Levinas:

Religião e relação entre animais humanos e não humanos

Autores

  • Andreia Marín Universidade Federal do Triângulo Mineiro / Universidade de São Paulo
  • Leonildo Antonio Gomes Pereira Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Palavras-chave:

religião, antropocentrismo, alteridade, rosto, Levinas

Resumo

No presente texto são discutidos o imperativo “não matarás” e a resistência do olhar ao poder de poder dos humanos. O reconhecimento de uma particularidade do outro humano e a escuta de um apelo que emana do seu rosto são discutidos por Levinas, que defende a religião, uma relação originária anterior a qualquer assimilação ou imposição de uma determinação ao outro.  A ética da religião levinasiana é o ponto de partida para pensarmos relações de alteridade e mecanismos de poder não somente entre humanos, mas entre viventes humanos ou não, garantindo-lhes a evocação do olhar que emite o apelo da não violência. O objetivo da reflexão é a desnaturalização de representações que encaminhe para a suspensão dos modos antropocêntricos de dominação do outro.

Referências

Armstrong, Susan J.; Botzler, Richard G. (org). Anthropocentrism. Environmental ethics: divergence and convergence. New York: McGraw-Hill, 2004.

Braz, E. A.; Andrade, A. C. (2011). A ética da alteridade em Levinas: a lição do rosto do outro que clama por responsabilidade. Rhema Revista de Filosofia e Teologia. 15 (48/49/50), 29-40.

Calixto, P. (2016). Infinito, ética e alteridade: Levinas. Revista Ética e Filosofia Política. 1 (XIX), 136-147.

Campos, L. (2017) Racismo em três dimensões: umaabordagem realista-crítica. Revista brasileira de ciências sociais. V.32, n.95, pp.1-19.

Derrida, J. (2004). Adeus a Emmanuel Levinas. São Paulo: Perspectiva.

__________. (2011). O animal que logo sou. Trad. Fábio Landa. 2ed. São Paulo: Editora Unesp.

Dobzhansky, T. (1956) A evolução humana. Revista de antropologia, v.4, n.2, pp.97-102.

Harari, Y. N. (2015). Sapiens: uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Editora J&PM.

Jordan, C. (2009). Midway: message from the Gyre. Filme. 1:37:20min. Disponível em: https://www.albatrossthefilm.com/, acessado em 02 de julho de 2018.

Leakey, R. (1997) A origem da espécie humana. Rio de Janeiro: Rocco.

Levinas, E. (2004). Entre nós: ensaios sobre a alteridade. 3ª ed. Trad. Pergentino Stefano Pivatto et al. Petrópolis/RJ: Vozes.

__________. (1988). Totalidade e infinito. Trad. José Pinto Ribeiro. Lisboa: Edições 70.

__________. (1993). Humanismo do outro homem. Petrópolis: Vozes.

__________. (1982). Ética e infinito. Lisboa: Edições 70.

Machado, R.; Ramos, M. (2016). A noção de rosto em Emmanuel Levinas. Revista Lampejo, 5 (2),14-26.

Melo, H.B. (1999). O rosto do outro: a morada como acolhimento em Lévinas. Síntese – Revista de Filosofia, 26(84), 119-126.

Rodrigues, T.S. (2016). A noção de rosto em Emmanuel Levinas. Revista InterEspaço, 2(6), 396-407.

Rousseau, J-J. (1989). Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Brasília: Ed.UnB; São Paulo: Ática.

Ryder, R. (2008). Vítimas da ciência. Trad. Sônia T. Felipe. Pensata animal, no II, n.16.

Sales, M. (2005). O rosto do outro como fundamento ético em Emmanuel Lévinas. Revista Reflexão, Campinas, 30(88), 105-126.

Singer, P. (2010). Libertação animal. Trad. Marly Winckler. São Paulo: Martins Fontes.

Tyler, T. (2011). Como água na Água. en: M.E. MACIEL (org). Pensar/escrever o animal: ensaios de zoopoética e biopolítica. (p.55-73). Florianópolis: Edusc.

Downloads

Publicado

2019-12-01

Edição

Seção

ARTÍCULOS

Como Citar

O apelo a não violência em Levinas:: Religião e relação entre animais humanos e não humanos. (2019). Revista Latinoamericana De Estudios Críticos Animales, 6(2). https://revistaleca.org/index.php/leca/article/view/256