Feminism and husbandry:

drawing the fine line between mine and bovine

Resumo

As vacas são vítimas de estupro, mas as feministas as ignoram. O feminismo dominante condena o estupro, mas ignora a conexão entre o abuso sexual de mulheres e vacas porque a teoria feminista e a lei legitimam a superioridade humana e o especismo. A lei e as feministas controlam a definição da palavra "estupro", de modo que esta excluí especificamente o abuso sexual de animais. Embora a teoria feminista, a qual afirma que os órgãos sexuais femininos não devem ser comercializados ou abusados, possa ser aplicada à indústria de laticínios, a diferenciação da lei entre animais e humanos permite que as feministas se julguem privilegiadas por constituírem uma classe superior e protegida. As feministas podem ignorar o abuso e a escravização sexual de outras mulheres e apreciar os produtos derivados disto como, por exemplo, os laticínios, porque a lei exige menos obrigação em relação aos animais, ademais, os debates sobre a semântica do uso da palavra "estupro" reforçam esta atitude. As feministas deveriam adotar a teoria ecofeminista, já que o ecofeminismo busca relacionar a exploração e o sofrimento dos animais ao das mulheres, enquanto chama a atenção para as atitudes patriarcais inerentes ao abuso dos animais. Este ensaio fornecerá uma descrição detalhada do abuso de vacas leiteiras na agroindústria, explicará como a lei da bestialidade legitima o abuso sexual de animais de fazenda e irá expor algumas ideias importantes do ecofeminismo com o intuito de explicar a razão pela qual a teoria e a prática feminista precisariam se estender a todas as mulheres, mães, crianças, vaginas, ânus e a todas as vítimas subordinadas ao abuso, independentemente da condenação social no que concerne a esta crueldade.